Psicologia
Chamada aberta até o dia 30/10 de 2023
Temática/tema: Práticas Clínicas: Diálogos sobre o saber-fazer Psicologia
Organizadores:
Rui Gonçalves da Luz Neto (Psicólogo e Jornalista, Mestre em Hebiatria - Determinantes da Saúde do Adolescente pela Universidade de Pernambuco (UPE) e Doutorando em Psicologia Clínica pela Universidade Católica de Pernambuco - UNICAP).
Lattes: http://lattes.cnpq.br/7566002056279058
Eder Oliveira Teixeira (Psicólogo graduado pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), João Pessoa - Paraíba, com aprofundamento na área Clínica e enfoque Fenomenológico Existencial. Mestrando em Psicologia Clínica na Universidade Católica de Pernambuco - UNICAP).
Lattes: http://lattes.cnpq.br/1680404676417297
Resumo:
A reflexão que guia este escrito parte de inquietações acerca do pensamento psicológico e suas vicissitudes. Com uma história marcada por divergências e a ausência de cortes paradigmáticos (SILVA, ARCANJO, 2021), a dispersão tornou-se o modo da ciência psicológica. Como Barreto e Morato (2008) evidenciam, as questões conceituais, metodológicas e epistemológicas da Psicologia ainda hoje configuram-se como caminho inacabado, pronto a ser desbravado, discutido. À guisa de orientação, a trilha percorrida nesta tessitura é o de (re) pensar caminhos outros, sejam de ordem metodológicas, teóricas e, evidentemente, epistemológicas para além do saber-fazer-pesquisar a Psicologia, que, como bem apontam Barreto e Morato (2008), já nasceu marcada por possibilidades outras de fazer-se ciência. Tomando a dispersão como ponto de partida, cabe aqui destacar a tensão, em que se articula os diversos modos de fazer Psicologia, entre filosofia e suas propostas de pensamento e a ciências naturais e os seus métodos. Nessa perspectiva, Schultz e Schultz (2019) apontam como elemento catalisador dessa cisão, o Zeitgeist, ou espírito da época. Assim, a Psicologia, enquanto ciência, não cresce e se consolida apenas na perspectiva de suas influências internas, mas, atravessa-se pelo modelo social vigente (SCHULTZ, SCHULTZ, 2019). Por tais reflexões, a coletânea tem como objetivo compilar escritos que abordam, de maneira crítica, a prática clínica psicológica atual, desenvolvidas por psicólogas/os, pesquisadoras/es e estudantes de Psicologia. Com a publicação, estima-se que a obra sirva de referencial teórico-técnico para a Psicologia.
Palavras-chave: Metodologia; Prática Clínica; Psicologia; Psicoterapia.
Previsão para publicação: 90 dias após encerrar a chamada.
Os trabalhos deverão ser enviados para o e-mail bordogrena@editorabordogrena.com contendo no campo "assunto" o tema para o qual o estudo será submetido.
Consulte as normas de publicação.
Chamada aberta até o dia 20/11 de 2023
Temática/tema: Psicologia em Saúde no Brasil: Boas Práticas no Sistema Único de Saúde (SUS)
Organizadores:
André Moreira (Mestre em Educação e Saúde na Infância e Adolescência (UNIFESP). Docente (UNICSUL))
Lattes: http://lattes.cnpq.br/3242856722145995
Profa. Dra. Kátia Varela Gomes (Doutorado em Psicologia Social (USP). Docente (UNICSUL))
Lattes: http://lattes.cnpq.br/5130750824413405
Renan Vieira de Santana Rocha (Doutor em Saúde Coletiva (UFBA). Docente (UNICSUL))
Lattes: http://lattes.cnpq.br/6703546267405322
Resumo:
A Psicologia em Saúde é um campo de saber-fazer em Psicologia que se constrói, segundo Matarazzo (1980) e Almeida e Malagris (2011), enquanto um conjunto de contribuições profissionais, educacionais e científicas específicas da Psicologia, mas utilizadas prioritariamente para a promoção e a manutenção da saúde; a prevenção e o tratamento de doenças; a identificação da etiologia e o diagnóstico (de problemas) relacionados à saúde e às doenças; e a análise do sistema de atenção à saúde vigente nos mais diferentes territórios, bem como a formulação de Políticas Públicas de Saúde. No Brasil, esta compreensão sobre tal campo se alarga ainda mais, haja posto o histórico de transformações à práxis psicológica, derivada de movimentos como a Reforma Sanitária, a Reforma Psiquiátrica e a criação do Sistema Único de Saúde (SUS). Por tais reconhecimentos, a presente coletânea intenta compilar experiências bemsucedidas de trabalho, ensino, pesquisa e extensão, desenvolvidas por psicólogas/os, pesquisadoras/es e estudantes de Psicologia, no âmbito das Políticas Públicas de Saúde no Brasil, como forma de demonstrar, em livro, os avanços que produzimos nas últimas décadas, os novos e velhos desafios ainda enfrentados, e os horizontes possíveis para o desenvolvimento do campo em nosso país. Ao final, espera-se que a obra em questão possa servir à produção de referenciais tanto técnicos quanto teóricos para a Psicologia, contribuindo no sanar de lacunas, especialmente quanto à formação de novas/os psicólogas/os.
Palavras-chave: Psicologia em Saúde; Saúde Coletiva; Saúde Pública; Saúde Mental; Sistema Único de Saúde (SUS).
Previsão para publicação: 90 dias após encerrar a chamada.
Os trabalhos deverão ser enviados para o e-mail bordogrena@editorabordogrena.com contendo no campo "assunto" o tema para o qual o estudo será submetido.
Consulte as normas de publicação.
Chamada aberta até o dia 30/11 de 2022
Temática/tema: Saúde Mental, Interseccionalidade e Transdisciplinaridade
Organizadoras:
Profa. Dra. Kelly Cristina Brandão da Silva (FCM/UNICAMP)
Lattes: http://lattes.cnpq.br/8141203542670386
Mestranda Beatriz Almeida Gabardo (FENF/UNICAMP)
Lattes: http://lattes.cnpq.br/4818620960063984
Resumo:
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em seu Mental Health Action Plan 2013-2020, a saúde mental faz parte da condição de saúde e bem-estar dos seres humanos e não pode ser reduzida apenas ao estado de ausência de doenças ou enfermidades. A fim de se evitar a medicalização e a patologização, em uma perspectiva interseccional, discutir saúde mental pressupõe descolonizar noções hegemônicas e tratar de vulnerabilidades, desigualdade e produção do cuidado. O termo interseccionalidade, cunhado pela jurista afro-americana Kimberlé W. Crenshaw, em 1989, indica as múltiplas formas de poder expressas por categorias de diferença e diversidade, sobretudo as de raça, etnia, gênero, sexualidade, classe social, religião, idade e deficiências. Na contemporaneidade, em que predomina um modelo político- econômico neoliberal, não é possível conceber práticas de cuidado em saúde mental que negligenciem os desafios emergentes da pobreza, do racismo estrutural, do capacitismo, do patriarcado, da cisnormatividade e do etarismo. Os efeitos dessas problemáticas na produção de subjetividades e de sofrimento psíquico devem ser pautados nos diversos serviços de saúde mental, assim como na proposição e implementação de políticas públicas. Destaca-se ainda que o enfrentamento dessas questões indica a necessidade de uma ruptura de fronteiras estáticas entre as Ciências Humanas e as Ciências da Saúde, o que implica em discussões e práticas transdisciplinares. Diante deste panorama, o qual sublinha a dimensão sociopolítica do sofrimento, como bem enfatiza a psicanalista Miriam Debieux Rosa, esta chamada convida pesquisadoras, pesquisadores, trabalhadoras e trabalhadores do campo da saúde mental a enviarem seus trabalhos sobre as vicissitudes clínicas e políticas de experiências e reflexões acerca da promoção do cuidado interseccional, transdisciplinar e despatologizante.
Palavras-chave: saúde mental; interseccionalidade; transdisciplinaridade.
Referências:
ALMEIDA, S. L. de. Racismo estrutural. São Paulo: Sueli Carneiro, Pólen, 2019.
CRENSHAW, K. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Rev. Estud. Fem. Florianópolis, v.10, n. 1, p. 171-188, jan. 2002.
JESUS, J. G. de. Saúde mental da população trans: apontar a cisnormatividade para interseccionalizar os corpos. In: CUNHA et. al. (orgs). Enfrentamento dos efeitos do racismo, cissexismo e transfobia na saúde mental. São Paulo: Editora Dandara; Instituto AMMA Psique e Negritude, 2021, p. 21-29.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Mental Health Action Plan 2013-2020. Genebra: OMS, 2013. Disponível em: https://www.who.int/publications/i/item/9789241506021. Acesso de 18 de junho de 2022.
ROSA, M. D. A psicanálise lacaniana e a dimensão sociopolítica do sofrimento. Cult–Revista Brasileira de Cultura, v. 20, n. 8, p. 22-24, 2017.
Previsão para publicação: 90 dias após encerrar a chamada.
Os trabalhos deverão ser enviados para o e-mail bordogrena@editorabordogrena.com contendo no campo "assunto" o tema para o qual o estudo será submetido.
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